domingo, 3 de abril de 2011

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA





Artigo da Psicóloga Priscila Carvalho de Mello Psicóloga com formação em: Psicologia do Trânsito, Hipnose, EMDR; especialista em Terapia Familiar Sistêmica Breve e pósgraduada em Psicopedagogia. Cursos também na área Hospitalar (inclusive em Cirurgia Bariátrica e Oncologia), PNE e testes psicológicos. Experiência em área clínica, hospitalar, social, trânsito e testagem psicológica.


A Unidade de Terapia Intensiva é uma unidade destinada a receber pacientes clínicos, pós -cirúrgicos, terminais e em estado grave com possibilidade de recuperação, que adv ém de outros setores do hospital para um tratamento diferenciado,
exclusivo e intensivo. É um setor que possui equipamentos específicos, recursos materiais e tecnológicos, assim como também uma equipe permanente de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem; além de
psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social). As ações ali desempenhadas são diuturnas, rápidas e precisas e, por isso exigem o máximo de eficiência da equipe.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ADOECER

O estar doente e o processo de hospitalização são variáveis que influenciam o ser humano e o deixa emocionalmente vulnerável. Isto porque, ao adoecer, o ser humano deixa de ocupar sua posição frente à sociedade, sendo impedido, muitas
vezes, de realizar suas funções como, por exemplo, ser membro de um grupo de trabalho, social e familiar.
Ao ser hospitalizado, o paciente perde muitas referências do meio externo e passa a participar de um grupo onde passa a ser controlado, tendo o espaço físico limitado, roupas e objetos impessoais, imposição de horários e ausência da família.
E, ao ser admitido na UTI, o paciente já entra com uma idéia de irrecuperabilidade e possibilidade de morte iminente.
Assim como também enfrenta um ambiente físico desconhecido, muitos equipamentos, sons e ruídos. E, estas circunstâncias podem ocasionar a chamada “Síndrome da UTI”, caracterizada como um estado confusional, reversível e secundário à internação.
Entretanto, alguns fatores responsáveis por esta síndrome podem estar ligados à dificuldade de descanso, privação de sono,ausência de atividades, efeitos colaterais de alguns medicamentos, falta de estímulos, idade e comprometimento do quadro
clínico.
Contudo, as reações psicológicas apresentadas pelos pacientes são diversas e podem variar. Um exemplo é a ansiedade, que geralmente está relacionada às limitações das atividades físicas e sociais, afastamento de pessoas significativas, medo e
insegurança diante dos procedimentos de intervenção e rotina hospitalar. Outro é o estresse emocional que, somado às características ambientais , aos procedimentos e ao tratamento, são as principais causas dos distúrbios de comportamento e
humor mais freqüentes em UTI.
Contudo, o paciente necessita adaptar-se ao novo momento e, a psicologia poderá auxiliá-lo neste processo.

CONTINUAÇÃO AMANHÃ!!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário