quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

mulheres,câncer de mama e problemas sexuais




Efeitos psicológicos representam principal causa das disfunções sexuais, afetando sete em cada dez mulheres, segundo estudo. Mulheres que passam por mastectomia ou reconstrução mamária não veem mais o corpo da mesma forma.

Sete em cada dez mulheres que sobrevivem ao câncer de mama sofrem disfunções sexuais, segundo um estudo que aponta como causa principal os efeitos psicológicos da cirurgia mamária.

Mary Panjari, pesquisadora da Universidade Monash de Melbourne (Austrália), publicou o trabalho nesta semana, informou o site americano especializado "Health".

Os cientistas entrevistaram mil pacientes com menos de 70 anos que sobreviveram ao câncer de mama e mais de 80% disseram que sua vida sexual antes da doença era satisfatória.

No entanto, dois anos depois do diagnóstico, 70% das entrevistadas reconheceram que tinham "problemas sérios" na cama, embora os autores do estudo tenham advertido que essa porcentagem pode estar exagerada, já que a memória tende a idealizar o passado.

Apesar da controvérsia, o número contrasta com os estudos sobre mulheres adultas a esse respeito. Destas, apenas 45% dizem ter complicações sexuais. A imagem que as mulheres têm de seu corpo é fundamental, segundo o estudo.

Um terço das mulheres que foram tratadas e conservaram a mama se sentia incomodada com sua aparência, mas a porcentagem aumenta para 60% entre aquelas que sofreram mastectomia.

Quanto à cirurgia de reconstrução mamária, não pareceu apresentar efeito positivo no aspecto psicológico, já que as pacientes tinham uma imagem negativa de seu físico similar às que perderam um ou dois seios.

Outros fatores também podem ser os remédios que precisam tomar durante os tratamentos cancerígenos que podem inibir a produção de estrogênios, um hormônio feminino essencial para assegurar a satisfação sexual das mulheres.

Os estudiosos associam as disfunções aos sintomas da menopausa que são desencadeados pelos tratamentos que as pacientes recebem.

Amanhã, tem mais sobre o assunto!!!!!!!



Fonte: http://www.ligacontraocancer.com.br/novidades/maioria-das-mulheres-que-tiveram-cancer-de-mama-sofre-com-problemas-sexuais/230

e http://www.amigasdopeito.com/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

continuação.. Mulheres com câncer de mama e transtornos mentais..




No estudo de Derogatis (op cit.) realizado com 215 pacientes internados e ambulatoriais de 3 centros oncológicos, 47% desta população apresentaram quadros psicopatológicos, dentre os quais, 85% têm quadro de ansiedade e/ou depressão, sendo 68% ansiedade ou depressão reativa (quadros de ajustamento), 13% depressão maior, 8% quadro cérebro-orgânico, 7% transtorno de personalidade e 4 % transtorno de ansiedade pré-existente.

A alta prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes com câncer é esperada, visto que esses pacientes convivem com a dor, o desfiguramento, a perda da função sexual, a dependência, o isolamento, a separação e a morte, além dos efeitos colaterais da quimio e radioterapia. ALMEIDA( 2011)

Fráguas Jr. e Alves (2002) citados por Almeida (2011) afirmam que a depressão associada a doenças clínicas é, em geral, subdiagnosticada principalmente pela dificuldade em se identificar os sintomas depressivos, visto que alguns destes sintomas, como insônia, diminuição da concentração, inapetência, emagrecimento e fraqueza são encontrados em outras doenças não psiquiátricas e, portanto, podem ser atribuídos exclusivamente a estas. Contudo, segundo Massie e Holland (citados em Citero et al., 2001), entre os sintomas somáticos da depressão que se misturam com os sintomas da própria doença oncológica, o único que pode expressar o quadro da depressão é a insônia, por ser o único que não se justifica pelo câncer.

Estes autores ainda (2002) chamam atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce e tratamento, uma vez que a depressão acarreta, além do comprometimento da qualidade de vida, aumento da morbidade e mortalidade decorrentes da condição médica, aumento do tempo de internação, aumento do risco de taquicardia ventricular, diminuição da adesão ao tratamento e à reabilitação.

Outro fator psicológico muito comum entre os pacientes com câncer é o transtorno de ajustamento, atingindo 25% a 30% dos pacientes. (Venâncio, 2004).

Almeida (2011) enfatiza a relação à ansiedade, seu grau é extremamente variável em pacientes com câncer, podendo aumentar segundo a evolução da doença ou conforme a agressividade do tratamento oncológico. Os pacientes podem começar a experimentar ansiedade moderada ou severa enquanto esperam os resultados dos exames diagnósticos, ou enquanto recebem o tratamento, podendo aumentar a possibilidade de sofrer mais dor, bem como uma série de outros sintomas, desde angústia até as náuseas e vômitos agravados pelas emoções. Além de reduzir gravemente a qualidade de vida, a ansiedade pode favorecer a morte prematura do paciente. (Ballone, 2005a; op cit., 2005b).

Almeida (2011) postula que pacientes já possuidores de transtorno específico de ansiedade antes de adoecerem têm mais probabilidade de recorrência do quadro. Outros fatores que podem aumentar a probabilidade do transtorno são: concomitância de quadros dolorosos intensos, concomitância de limitações funcionais ou de carência de apoio social e consiência do avanço da doença
As alterações psicológicas por que passam as mulheres podem, ainda, ser demonstradas pelos conflitos relacionados aos mecanismos de defesa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Almeida, Raquel Ayres http://psicoterapiaepsicologia.webnode.com.br/products/raquel-ayres-de-almeida1/. Acesso em 04/12/2011.
Ballone, G.J. (2005a). Ansiedade no paciente com câncer. Acesso em 01/12/11. Disponível em http://www.psiqweb.med.br/
Ballone, G.J. (2005b). Câncer e Emoção. Acesso em 01/12/11. Disponível em http://www.psiqweb.med.br/
Ballone, G.J. (2005c). Depressão e Câncer. Acesso em 01/12/11. Disponível em http://www.psiqweb.med.br/
Cantinelli, F.S.; Camacho, R.S.; Smaletz, O.; Gonsales, B.K.; Graguittoni, E. & Rennó, J., Jr. (2006). A oncopsiquiatria no câncer de mama: considerações a respeito de questão do feminino [Versão eletrônica]. Revista de Psiquiatria Clínica. Disponível em http://www.hcnet.usp.br/ipg/revista/
Cítero, V.A. (1999). Descrição e avaliação da implantação do serviço de interconsulta psiquiátrica no Centro de Tratamento e Pesquisa Hospital do Câncer A.C. Camargo. Tese de Mestrado, Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Acesso em 18/03/07. Disponível em http://www.unifesp.br/dpsiq/posgrad/teses.htm/
Citero, V.A.; Andreoli, S.B.; Martins, L.A.N. & Lourenço, M.T. (2001). Interconsulta psiquiátrica e oncologia: interface em revisão. Disponível em http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/especial01.htm
Fráguas Jr., R. & Alves, T.C.T.F. (2002). Depressão no hospital geral: estudo de 136 casos [Versão eletrônica]. Revista da Associação Médica Brasileira. 48 (3). Disponível em http://www.scielo.br/

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mulhres com Câncer de Mama e Transtornos Mentais




Para a mulher diante do diagnóstico como o de câncer de mama, os sentimentos como: angústia, estresse e tristeza podem ser considerados reações normais frente á crise que se enfrenta diante o primeiro momento da revelação do diagnóstico.

Esses sentimentos, permeados diante um dos medos mais temidos pelo ser humano como a morte, acarretando a interrupção dos planos feitos para o futuro, abrangendo ainda mudanças em torno do seu contexto biopsicossocial, estilos de vida, e questões financeiras.

Em decorrência a tantas situações de desgaste a nível psicológico, devemos considerar que nem todos os pacientes sofrem de depressão.

Almeida (2011) menciona a capacidade de elaborar o adoecer, que depende do nível de ajustamento emocional de cada paciente, do momento que está passando em sua vida com planejamentos futuros, presença da rede de amigos e familiares, da doença em si, assim incluindo seus sintomas e presença ou não de dor, do sítio do câncer do tratamento referido e o prognóstico.

Para tanto, a sobrecarga emocional que o diagnóstico do câncer representa pode desencadear reações de ajustamento, ansiedades, quadros afetivos e psicoses (Cantinelli ET al;2006, Cetro; Andreoli;Martins e Lourenço, 2001).

continuação amanhã......