sábado, 9 de abril de 2011

Influência de fatores emocionais no câncer




Um grupo de pesquisadores vai avaliar pacientes com câncer para identificar e intervir nos fatores psicológicos, sociais e emocionais que contribuem para o aparecimento do câncer. A iniciativa é coordenada pelo Programa de Ação Docente-Discente Assistencial Comunitário (Paddac), desenvolvido pela Universidade de Guarulhos (UnG).
De acordo com o coordenador do projeto, o psicólogo José Cândido Cheque, a reincidência e a evolução do câncer também serão estudadas.
- Buscamos identificar fatores de estresse presentes e vividos entre seis e 18 meses antes da confirmação do diagnóstico.
Cheque explica que, por meio de dinâmicas de grupo, os pesquisadores tentam descobrir como era a vida dos pacientes antes da descoberta do câncer, para identificar o que pode ter colaborado para o surgimento da doença. O serviço envolve profissionais e alunos das áreas de nutrição, psicologia, fisioterapia, educação física e enfermagem.
Os interessados em se inscrever podem ligar para o telefone 0800-158822 ou enviar um e-mail com nome completo e telefone de contato para o endereço paddac@ung.br. O atendimento é gratuito e acontece em Guarulhos, na Grande São Paulo.Cloaking

Fonte: R7

http://www.brunapsicologa.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Dia Mundial de Combate ao Câncer




Tonon et al. (2007) menciona em contexto atual, onde câncer configura-se um dos
principais problemas de saúde pública mundial. É uma doença crônico-degenerativa que
afeta várias dimensões da vida humana e causa importante impacto econômico na sociedade, necessitando de tratamento especializado prolongado e oneroso. Além disso, é responsável pela redução do potencial de trabalho humano e perda de muitas vidas. No entanto, as evidências em torno do câncer, onde suas causas internas e externas permeiam numa existência de um fator genético importante no qual o indivíduo torna-se suscetível à doença e outros fatores (agentes cancerígenos) acabam contribuindo para o desencadeamento da doença.

A palavra câncer é utilizada para descrever um grupo de doenças que se caracterizam pela anormalidade das células e pela sua divisão excessiva, no entanto vem a existir uma grande variedade dos tipos de câncer provavelmente com uma etiologia multifatorial, onde para que a doença se manifeste, parece ser necessária uma operação conjunta de vários fatores como: predisposição genética, exposição a fatores ambientais de risco, determinados vírus, algumas substancias alimentícias, entre outros (DE CARVALHO; MAGUI, GIMENES, 2000, p.47).

Nesta sexta-feira, 08 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data é mais um chamativo para que as pessoas se conscientizem para a prevenção da doença, como mudanças nos hábitos de vida.

O governo brasileiro deve apresentar, em setembro, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), uma agenda estratégica de ações para reduzir o número de casos e o impacto do câncer e outras doenças crônicas no sistema público de saúde. O tema foi incluído na pauta do evento por decisão das Nações Unidas. "Essa é uma grande oportunidade para o setor da saúde incluir a questão das doenças crônicas não transmissíveis no centro da pauta de discussão de governantes. Podemos construir uma agenda mundial de médio e longo prazo, como aconteceu com o tema das mudanças climáticas", afirmou Padilha.

FONTES: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/02/inca-pais-tera-500-mil-novos-casos-de-cancer-este-ano.html


GIMENES, M. G.; MAGUI, M. M. J. C., CARVALHO, J. V. A. Um Pouco da História da Psico-Oncologia no Brasil. In: CAMON, V. A. A. (org.) Psicologia da Saúde: Um novo significado para prática clínica. São Paulo: Pioneira, 2002, p.47-71.

TONON, LM; SECOLI SR; CAPONERO, R. Câncer Colorretal: uma revisão da abordagem terapêutica com bevacizumabe. Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(2): 173-182

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia Mundial da Saúde




História do Dia Mundial da Saúde

O Dia Mundial da Saúde foi criado pela OMS em 7 de abril de 1950, quando da realização da primeira Assembléia

OMS nasceu a 7 de Abril de 1948 O Dia Mundial da Saúde evoca a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS, bandeira acima), fundada nessa data em 1948, e é o esforço mais vísivel desta organização para chamar a atenção para um aspecto-chave global escolhido anualmente.

A primeira Assembléia da Saúde Mundial criou o evento, em 1948, que é comemorado a 7 de Abril desde 1950. Ao longo dos seus 60 anos, a Organização Mundial da Saúde enfrentou vários desafios da saúde pública que se foram colocando ao homem e ao mundo, concretamente, a luta contra certas doenças - a tuberculose, o tétano, a poliomielite, o HIV, a luta contra o tabaco.

O Dia Mundial da Saúde, comemorado dia 7 de abril, assinala, assim, a entrada em vigor da Constituição da OMS que, tendo alcançado a erradicação da varicela , continua ainda a trabalhar no programa do controlo da malária, uma das suas grandes batalhas a nível global. Para o 2008, a OMS escolheu como tema a protecção da saúde contra os efeitos das alterações climáticas Para 2009 O Dia Mundial da Saúde tem como tema “Salvar vidas - Hospitais seguros em situações de emergência”.

Os profissionais, os edifícios e os serviços de saúde também podem tornar-se vítimas em situações de emergência, acidentes ou outras catástrofes, naturais, biológicas, tecnológicas, sociais ou conflitos armados.

As populações podem ver-se, assim, privadas de serviços de saúde cruciais para salvar vidas.


Em cada ano, a OMS aproveita a ocasião para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde mundial. Neste sentido, organiza eventos a nível internacional, regional e local para promover o tema escolhido em matéria de saúde. Para mais informações consulte: OMS nasceu a 7 de Abril de 1948 O Dia Mundial da Saúde evoca a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS, bandeira acima), fundada nessa data em 1948, e é o esforço mais vísivel desta organização para chamar a atenção para um aspecto-chave global escolhido anualmente.

A primeira Assembléia da Saúde Mundial criou o evento, em 1948, que é comemorado a 7 de Abril desde 1950.

Ao longo dos seus 60 anos, a Organização Mundial da Saúde enfrentou vários desafios da saúde pública que se foram colocando ao homem e ao mundo, concretamente, a luta contra certas doenças - a tuberculose, o tétano, a poliomielite, o HIV, a luta contra o tabaco.

O Dia Mundial da Saúde, que hoje se comemora, assinala, assim, a entrada em vigor da Constituição da OMS que, tendo alcançado a erradicação da varicela , continua ainda a trabalhar no programa do controlo da malária, uma das suas grandes batalhas a nível global.

O Dia Mundial da Saúde 2011 está dedicado à resistência aos antimicrobianos, uma ameaça para a atenção aos pacientes e ao controle das doenças em todo o mundo. A resistência aos antimicrobianos é um obstáculo importante para o êxito no controle do HIV, da malária e da tuberculose – três das principais causas de mortalidade por doenças infecciosas no mundo. Este grave problema também faz com que se torne mais difícil tratar as infecções adquiridas nos hospitais, facilita o aparecimento de "Super Bactérias" resistentes aos principais antibióticos, e cria a necessidade de tratamentos novos, mais caros e mais complexos.

O Dia Mundial da Saúde 2011 pretende despertar a consciência sobre os fatores que contribuem para a resistência aos antimicrobianos, construir o compromisso para encontrar soluções comuns através das doenças, e impulsionar a implementação de políticas e práticas que possam prevenir e conter a resistência aos antimicrobianos.

Fonte: http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=1790&Itemid=759

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Psicanálise e Maternidade.. Final!





É inegável a importância da mãe para a formação e constituição da estrutura psíquica do sujeito. Portanto, é essencial que esta mãe esteja preparada para assumir e dar a este bebê os cuidados necessários em cada etapa de seu desenvolvimento.
Contudo, pode-se entender que o nascimento biológico de um bebê, não é a garantia de uma constituição psíquica, se fazendo necessário o nascimento psicológico que venha a permitir o advir desse novo sujeito. Esse nascimento psicológico se faz, primordialmente, pela relação primária com a mãe, onde o bebê passa a se reconhecer como tal a partir do olhar e dos cuidados essenciais desta, com a qual, forma uma unidade absoluta.


Para a psicanálise, o ser humano nasce em desamparo e se constitui no contato com o outro. A "função materna" corresponde não só aos cuidados com a vida orgânica do bebê, a satisfação de suas necessidades fisiológicas, bem como o fundamental envolvimento fusional afetivo da díade mãe-bebê, que permite a introdução do bebê no mundo simbólico cultural, através da linguagem. (TELLES, 2002, p.2).




Os primeiros anos de vida de um sujeito são para a psicanálise um ponto crucial no desenvolvimento psíquico que se segue. A teoria psicanalítica atribui as fases inicias da vida do indivíduo a estruturação da dinâmica psíquica, o que o torna único. Isso ocorre devido às experimentações únicas vividas e sentidas por este indivíduo, assimiladas por ele e refletidas através de uma estrutura psíquica à qual este pertencerá.

Autora do artigo: Beatriz Guedes de Castro

terça-feira, 5 de abril de 2011

Psicanálise e Maternidade.. Parte II





Winnicott (apud Nasio,1995) enfatizou a figura da mãe como a principal fonte formadora da estruturação psíquica do sujeito nos primeiros tempos de vida. Acreditava na influência do ambiente no desenvolvimento psíquico do individuo. Para ele, o ambiente inicialmente representado pela mãe, ou sua figura substituta, permite ao sujeito um desenrolar do processo de maturação, que significa a formação e evolução do ego e do superego, assim como o estabelecimento dos mecanismos de defesa.
O autor descreveu duas fases iniciais da vida do sujeito, onde a mãe ou sua figura substituta possuem fundamental importância. A primeira fase vai de zero a seis meses de idade, onde a criança encontra-se em uma fase de dependência absoluta em relação ao meio, que neste momento é representado pela figura materna. Neste momento inicial para a criança, ela e o meio (mãe) não se diferem, são uma unidade, uma coisa só. Nesta fase de dependência absoluta, o bebê necessita de uma mãe que dê o suporte necessário para o nascimento e desenvolvimento das principais funções do eu. Quando o bebê não possui esta mãe, ou é privado dela, a maturação do desenvolvimento de seu eu, se apresenta de forma bloqueada ou distorcida. Após este período inicial, entra então a segunda fase, que vai dos seis meses de
vida até os dois anos de idade, onde a criança encontra-se em um período de dependência relativa e já é capaz de se dar conta da necessidade que tem dos cuidados de sua mãe.
O autor acima referenciado definiu como mãe suficientemente boa, aquela mãe que consegue estabelecer com seu bebê nos primeiros tempos de vida, uma identificação com ele, adaptando-se a suprir as necessidades de seu filho.
Nesse aspecto de suficientemente bom, inclui-se não só a mãe, mas a situação satisfatória ou não para a criança.


Essa mãe representa um ambiente bom, cuja importância é vital para a saúde psíquica do ser humano em devir. A mãe suficientemente boa permite a criança pequena desenvolver uma vida psíquica e física fundamentada em suas tendências inatas. (NASIO, 1995 p. 186.)




Por outro lado, existe aquela que foi denominada: mãe insuficientemente boa. Esta, não consegue se identificar, ou suprir as necessidades do seu bebê. A mãe imprevisível, aquela que oscila de uma adaptação boa, onde supre as necessidades do filho, para um ato de total negligencia, fazendo assim com que esta criança não confie nela, nem consiga prever sua conduta. Além disso, também descreve que esta mãe insuficientemente boa, se define em diversas outras situações. Quando por exemplo, o bebê recebe os cuidados a ele designados, por diversas pessoas, o que faz com que esta criança perceba a sua mãe como dividida em pedaços, tornando complexo aquilo que deveria ser de simples assimilação.
Pode-se concluir que, segundo o autor, dependendo do tipo de adaptação da mãe com essa nova realidade de ter um filho dependente de seus cuidados, refletirá em suas atitudes para com o mesmo, suprindo de forma satisfatória ou não as necessidades fundamentais pra um desenvolvimento psíquico saudável. Sendo esta mãe, incapaz de cumprir seu papel, sendo esta incapaz de satisfazer, o desenvolvimento psíquico de seu filho será prejudicado, o que acarretará em uma serie de distúrbios psíquicos que se originam nesta fase inicial da vida. Contudo, tendo em vista este entendimento, é a mãe ou sua figura substituta, a responsável pela formação da estrutura do funcionamento psíquico deste sujeito.


A mãe suficientemente boa não é uma mãe sem falhas. É a mãe que sustenta o processo de ilusão, mas também de desilusão. É a que prevê experiências de presença, mas também de ausência. A mãe no começo da relação, através de uma adaptação quase completa, propicia ao bebê a oportunidade de ilusão de que esta, por assim dizer, sob o controle mágico do bebê. A onipotência é quase um fato de experiência. A tarefa final da mãe consiste em desiludir gradativamente o bebê, mas sem esperança de sucesso, a menos que, a princípio, tenha podido propiciar oportunidades suficientes de ilusão. (WINNICOTT apud CUNHA, 2003, p. 18)




A forma com que esta irá lidar com seu filho, independente de seu estado emocional, irá conferir a este bebê um significado que este irá introduzir em si, como satisfatórios ou não, gerando um funcionamento sadio ou patológico.
Observemos também Dolto(apud Ledoux, 1991, p.59), onde afirma que a criança só consegue fundamentar sua existência por e numa relação com um outro. Este outro, é detentor da identidade do sujeito, e é através da mãe nutriz que a criança se conhece num campo de odor e de espaço mediatizado conhecido e reconhecido, e é ela que irá filtrar a experiência do mundo. As primeiras estruturas de trocas e de palavras que darão à criança sua identidade. A autora referenciada, ainda afirma que, para que a criança se estruture de maneira sadia, é indispensável existir a presença de uma mesma pessoa nutriz, pois durante a oralidade invasiva, o lactante precisa ter certeza de que não comeu nem excretou essa pessoa maternalmente. A relação contínua com uma mesma pessoa tutelar é vital para a criança, pois cria nela uma memória de um ela-mesma-o-outro, que é a primeira segurança narcísica da criança.


Dolto refere-se ao papel fundamental da mãe como responsável por fazer operar as "castrações simbolígenas", que vão, passo a passo, estabelecendo os marcos e fazendo surgir novas estruturações no psiquismo infantil. (DOLTO apud ARAGÃO, 2004, p.4).




Spitz (1991, p.91), acrescenta outros fatores sobre esta relação inicial e de suma importância no desenvolvimento humano. Segundo o autor, todas as atitudes da mãe, provocam no bebê uma resposta, mesmo que estas ações não estejam relacionadas a ele. Apenas e tão somente a presença da mãe, age como um estímulo para as respostas deste bebê. Igualmente, a presença do bebê, a sua existência, provoca reações na mãe. Durante o primeiro ano de vida, as experiências e ações intencionais investidas pela mãe são decisivas, influenciando no desenvolvimento de vários setores da personalidade desta criança.


Signos afetivos gerados por disposições de ânimo da mãe parecem tornar-se uma fonte de comunicação com o bebê. Esses intercâmbios entre mãe e filho continuam sem interrupção, mesmo que a mãe não esteja necessariamente consciente deles. Esta forma de comunicação entre mãe e filho exerce uma pressão constante, que modela a psique infantil. (SPITZ, 1991, p.103.)


Segundo Bowlby (1990), durante muito tempo os psicanalistas foram unânimes em reconhecer a primeira relação humana de uma criança como a pedra fundamental sobre a qual se edifica a sua dinâmica psíquica. O autor descreve que, embora muitos acreditem que nos primeiros doze meses de vida, quase todos os bebês desenvolvam um forte vínculo com a figura materna, não há consenso a respeito de quatro pontos: com que rapidez esse vínculo se estabelece, por que processos se mantêm, por quanto tempo persiste e que função desempenha.
Ainda segundo o referenciado autor, até 1958, podiam ser encontradas quatro principais teorias dentro da literatura psicológica e psicanalítica sobre a natureza e a origem do vínculo infantil. Eram estas: a primeira delas, onde a criança possui certas necessidades biológicas que devem ser satisfeitas, principalmente a alimentação e o conforto. Quando o bebê começa a se interessar pela figura humana, em especial a mãe, ele percebe que esta satisfaz suas necessidades fisiológicas, ela é fonte de sua satisfação. O bebê aprende isso. O autor define este aprendizado como teoria do Impulso Secundário, um termo derivado da teoria da Aprendizagem, também chamada de teoria do amor interesseiro das relações objetais. Na segunda teoria, denominada teoria da Sucção do Objeto Primário, o autor descreve que há no bebê uma propensão inata para relacionar-se com o seio humano, para sugá-lo e possuí-lo oralmente. Com o tempo, o bebê passa a perceber que, ligado ao seio está uma figura humana, a mãe. O bebê passa então a se relacionar com ela. Na terceira teoria, denominada teoria da Adesão ao Objeto Primário, Bowlby descreve que existe nos bebês uma propensão inata para o contato físico com outras figuras humanas. Existe a necessidade de um objeto independente do alimento e que é tão primária quanto a necessidade de alimento e conforto. Na quarta e última teoria proposta pelo autor, chamada teoria do Anseio Primário de Retorno ao ventre, os bebês ressentem-se de sua exclusão do ventre e buscam voltar a ele.
Destas quatro teorias acima descritas pelo referenciado autor, a mais ampla e vigorosamente sustentada foi a do Impulso Secundário, onde desde Freud permanece como base na maioria dos escritos psicanalíticos.
Ainda, Bowlby (1990), desenvolve a partir de 1958 sua teoria do Apego, onde não há referências a necessidades ou impulsos, pelo contrário o comportamento de apego é visto como aquilo que ocorre quando são ativados certos sistemas comportamentais. Aqui, os próprios sistemas comportamentais se desenvolvem no bebê, como resultado de sua interação com o meio ambiente de adaptabilidade evolutiva, em especial, em sua interação com a principal figura nesse meio ambiente, a mãe. Considera ainda, que a alimentação e o próprio alimento, são apenas secundários no desenvolvimento desses sistemas.


Nenhuma forma de comportamento é acompanhada por sentimentos mais fortes do que o comportamento de apego. As figuras para as quais ele é dirigido são amadas, e a chegada delas é saudade com alegria. Enquanto uma criança está na presença incontestada de uma figura principal de apego, ou a tem ao seu alcance, sente-se segura e tranqüila. Uma ameaça de perda gera ansiedade, e uma perda real, tristeza profunda; ambas as situações podem, além disso, despertar cólera. (BOWLBY, 1990, p.224).

............ continuação amanhã!!!!!!!

domingo, 3 de abril de 2011

A PSICANÁLISE E A MATERNIDADE




´Meu artigo sobre Psicanálise e Maternidade!!!!!!!!


Dadoorian (2003, p.3), analisa a questão do feminino na teoria psicanalítica como intimamente relacionada com a maternidade. A autora descreve que segundo Freud (1905), é na adolescência que se dá a finalização do processo de construção da nossa sexualidade, através da capacidade do jovem de procriar, processo este que se inicia na mais remota infância. Na menina, será através de seu desejo de ser mãe que ela se tornará mulher. Assim, para Freud, o caminho que leva à feminilidade se dá por meio da maternidade. A maternidade se coloca, assim, como um atributo que caracteriza o feminino. Através do filho, um ser que é uma extensão do seu próprio corpo, a mulher se sente plena, nada lhe falta. O filho funciona como um objeto que completa as suas carências e os seus desejos mais íntimos. O desejo de ter um filho, isto é o desejo de ter o falo, é algo bastante forte no inconsciente feminino (Freud, 1931).
Sabe-se que a psicanálise atribui aos primeiros anos de vida a estruturação focal da dinâmica psíquica, onde o indivíduo encontra o prazer no próprio corpo e a função sexual está intimamente ligada à sobrevivência. Portanto, carregará este ser, para toda a sua existência as marcas destes primeiros tempos de vida, propiciados primordialmente pela figura materna, e incorporados através de inscrições em seu psiquismo, e mais tarde, com a inclusão da figura paterna, formando assim um triângulo, necessário ao surgimento do sujeito. Estas experiências e a forma com que serão assimiladas formarão a estruturação psíquica deste indivíduo, baseada na satisfação ou não das necessidades básicas de sobrevivência e afeto designados ao bebê.


Lacan aponta para o papel da mãe, como encarnação do Outro, como aquela que veicula num primeiro tempo, junto ao bebê, a lei simbólica da cultura, e que lhe fornece o primeiro espelho, através do qual ele ao mesmo tempo se aliena e se constitui. Laplanche enfatiza o papel iniciático da mãe, responsável pela "sedução generalizada" necessária, desenvolvimento do pensamento freudiano, explicitado nos "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade", onde Freud afirma que é função da mãe "despertar o instinto sexual da criança e ensina-la a amar". A mãe, então é aquela que introduz o bebê no campo pulsional, instilando Eros em sua constituição. Essa idéia parece pressupor um bebê passivo do ponto de vista da formação do aparelho psíquico, que vai se constituir como que inoculado pelo outro. (ARAGÃO, 2004, p.4).


O fato é que, dependendo do tipo de satisfação, seja ela boa ou ruim, investidas pela mãe, irá mais tarde estruturar a dinâmica psíquica deste indivíduo, na forma como este irá lidar com o mundo ao seu redor e com seus próprios conflitos.


É a atitude emocional da mãe que irá conferir a qualidade de vida à experiência do bebê, e é através da ligação afetiva que o bebê confere à mãe a sua identidade, despertada a partir do desejo de maternidade e da gravidez, dos intercâmbios com o feto e posteriormente com o próprio recém-nascido. (LEBOVICI; WEIL-HALPERN apud MORIZOT, 1999, p.1).


continuação terça feira!!!!!!!

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA





Artigo da Psicóloga Priscila Carvalho de Mello Psicóloga com formação em: Psicologia do Trânsito, Hipnose, EMDR; especialista em Terapia Familiar Sistêmica Breve e pósgraduada em Psicopedagogia. Cursos também na área Hospitalar (inclusive em Cirurgia Bariátrica e Oncologia), PNE e testes psicológicos. Experiência em área clínica, hospitalar, social, trânsito e testagem psicológica.


A Unidade de Terapia Intensiva é uma unidade destinada a receber pacientes clínicos, pós -cirúrgicos, terminais e em estado grave com possibilidade de recuperação, que adv ém de outros setores do hospital para um tratamento diferenciado,
exclusivo e intensivo. É um setor que possui equipamentos específicos, recursos materiais e tecnológicos, assim como também uma equipe permanente de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem; além de
psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social). As ações ali desempenhadas são diuturnas, rápidas e precisas e, por isso exigem o máximo de eficiência da equipe.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ADOECER

O estar doente e o processo de hospitalização são variáveis que influenciam o ser humano e o deixa emocionalmente vulnerável. Isto porque, ao adoecer, o ser humano deixa de ocupar sua posição frente à sociedade, sendo impedido, muitas
vezes, de realizar suas funções como, por exemplo, ser membro de um grupo de trabalho, social e familiar.
Ao ser hospitalizado, o paciente perde muitas referências do meio externo e passa a participar de um grupo onde passa a ser controlado, tendo o espaço físico limitado, roupas e objetos impessoais, imposição de horários e ausência da família.
E, ao ser admitido na UTI, o paciente já entra com uma idéia de irrecuperabilidade e possibilidade de morte iminente.
Assim como também enfrenta um ambiente físico desconhecido, muitos equipamentos, sons e ruídos. E, estas circunstâncias podem ocasionar a chamada “Síndrome da UTI”, caracterizada como um estado confusional, reversível e secundário à internação.
Entretanto, alguns fatores responsáveis por esta síndrome podem estar ligados à dificuldade de descanso, privação de sono,ausência de atividades, efeitos colaterais de alguns medicamentos, falta de estímulos, idade e comprometimento do quadro
clínico.
Contudo, as reações psicológicas apresentadas pelos pacientes são diversas e podem variar. Um exemplo é a ansiedade, que geralmente está relacionada às limitações das atividades físicas e sociais, afastamento de pessoas significativas, medo e
insegurança diante dos procedimentos de intervenção e rotina hospitalar. Outro é o estresse emocional que, somado às características ambientais , aos procedimentos e ao tratamento, são as principais causas dos distúrbios de comportamento e
humor mais freqüentes em UTI.
Contudo, o paciente necessita adaptar-se ao novo momento e, a psicologia poderá auxiliá-lo neste processo.

CONTINUAÇÃO AMANHÃ!!!!!