quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Interface entre Psicologia Hospitalar e Psico-oncologia




Capítulo de Minha Monografia de especialização em Psicologia e Saúde: Psicologia Hospitalar pela PUC SP

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR JUNTO ÀS MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA
BEATRIZ GUEDES DE CASTRO



A Interface entre Psicologia Hospitalar e Psico-oncologia

Tirei algumas considerações....


Tedesco (2007) ressalta que com o passar do tempo, a Psicologia foi se transformando, a Psicologia da Saúde foi se subdividindo em várias ramificações, e entre elas, a Psicologia Hospitalar.
O psicólogo na instituição hospitalar busca propiciar aos pacientes hospitalizados a minimização do sofrimento emocional que o processo da doença e a hospitalização desencadeia no paciente.
De acordo com Leitão (1993) a Psicologia Hospitalar ganhou destaque no momento em que psicológicos com caráter terapêutico, no qual vinha a falar em casas de repousos e clínicas Psiquiátricas,onde se localizava psicólogos aplicando técnicas para fins diagnósticos e prognósticos junto a psicopatologia e à psiquiatria.
Conforme Campos (1995) o paciente quando busca um atendimento hospitalar, não leva só seu corpo para ser tratado, mas sim por inteiro e por extensão acaba levando a família que participa de seu adoecer, suas internações e seus restabelecimentos.
Carvalho (2008) afirma que a ansiedade pode estar presente em todas as etapas da evolução da doença (prevenção, diagnóstico, tratamento, exames de controle, recidiva, espera de tratamentos novos e terminalidade)
De acordo com Gimenes (2003) a partir de estudos de Freud, sobre histeria de conversão (limitação física que ocorre devido a conflitos psicológicos sem nenhuma causa orgânica) que a classe médica e científica começam a reconhecer a interação entre os processos emocionais e o processo corporal que o enfermo apresenta.
Gimenes (2003, p.38) postula que quando se trata de doenças crônicas, muitas vezes degenerativas torna-se importante uma organização de conhecimentos que possibilitem uma intervenção psicológica, para qual outros profissionais possam estar colaborando para definição de profilaxias no intuito de interessados sejam eles, pacientes, familiares, profissionais, possam assim a lidar de forma adequada com o diagnóstico, tratamento e suas conseqüências.
Barão (2009) afirma que os aspectos em torno do adoecer acredita que um atendimento psicológico deva estar sempre presente dentro de um hospital.
Lôbo et al. (2006) afirma que pensar numa cirurgia mutiladora é lembrar de toda agressão à imagem e ao esquema corporal nos aspectos simbólicos que a cirurgia possa despertar, remetendo assim, ao que se pode chamar de ferida narcísica.
Macieira & Maluf (2008) ressaltam que a mulher após a mastectomia, a reconstrução mamária pode ou não ser realizada, quando for realizada, há uma diminuição dos efeitos negativos no qual diz respeito ao bem estar psicossocial da mulher, e as mulheres submetidas à mastectomia sem reconstrução mamária, costumam ser acometidas por maior morbidade psicossocial, causadas pelos fatores relacionados a ansiedade, depressão, auto estima, sexualidade e auto imagem.
Segundo Bergamasco & Angelo (2001) descrevem que o atendimento psicológico mais utilizado como forma de tratamento é aquele iniciado após o diagnóstico e definição da conduta terapêutica oncológica.
Ramos & Lustosa (2009) defendem uma realização de uma avaliação psicológica individual, com adequado planejamento dos atendimentos subseqüentes que poderão ser em grupo ou individual dependendo do estado emocional e necessidade da paciente.
As autoras descrevem que existe uma comprovação na eficácia diante da utilização da metodologia de grupos para o paciente com câncer, no sentido de melhorar o ajustamento psicossocial frente à doença.
De acordo com Liberato & Carvalho (2008) o câncer apresenta-se como um desafio atual para os pacientes acometidos da doença em todo seu contexto psicossocial e também para os profissionais da saúde, pois o câncer requer tratamentos dolorosos, invasivos, muitas vezes mutiladores que comprometem a qualidade de vida do paciente
Simonetti (2004) ressalta que a psicologia hospitalar aponta para uma estratégia em torno do “aqui e agora”, exigindo do psicólogo hospitalar muita flexibilidade.
Conforme Felício (2003) pode-se considerar a temática englobando uma aliança com a saúde “a psicologia hospitalar é justamente o campo de ação na saúde para onde converge a sistematização da compreensão do paciente como um ser humano”.
Neder (2003) com seu pioneirismo de trabalho na área hospitalar, afirma desde 1957 que o “psicólogo, como profissional da saúde, contribui para o bem estar humano, cuidando da qualidade de vida, condicionadora da saúde”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário