sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Psicologia no espaço hospitalar



Não é simples estar em um hospital. Devemos levar em conta para compreensão que o hospital sempre foi um local de domínio médico perante nossa sociedade e os profissionais de psicologia que entraram nesse espaço, produzem um corte desse domínio.

Devemos lembrar, quando pensamos sobre a atuação do psicólogo no contexto hospitalar, que estamos nos referindo a uma realidade muitas vezes com situações como: angústias, medo, insegurança, que podem provocar no profissional, além de crescimento, também um estresse elevado, levando o mesmo a um enrijecimento das suas posições como forma de defesa.

No espaço hospitalar “existem momentos difíceis em que nos deparamos com a dor, o inconformismo e a revolta, com o limite da vida” (BRANDÃO, 2002, p.15).

Estaremos, muitas vezes frente a situações de luta pela vida, no qual em muitos casos, por maiores que sejam as dificuldades, somos surpreendidos com a força e disposição de pessoas que mesmo em estado de saúde extremamente delicado acreditam na possibilidade de uma recuperação.

“Observa-se que, na prática, o psicólogo deve ter conhecimentos específicos e adaptados para a intervenção hospitalar, além de ter noção dos aspectos físicos e das doenças que envolvem a clientela assistida” (Baptista & Dias, 2003, p.30).

É extremamente importante lembrar que apesar de toda despersonalização provocada pela própria situação, da rotina da vida diária, etc., as pessoas carregam histórias de vidas, expectativas,comportamentos padronizados que poderão contribuir ou levar a resistências durante o tempo de internação e na própria recuperação ou enfrentamento da situação.

A escuta do psicólogo deve ser atenta não somente em relação às necessidades dos pacientes e familiares, mas também atuar na tentativa de promover uma aproximação entre esses e a equipe, sendo um dos objetivos da atuação do psicólogo: é propiciar um espaço facilitador que possa favorecer uma reorganização, adaptação e ajustamento do paciente e dos familiares cuidadores à rotina hospitalar,proporcionando uma atuação eficiente de uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

O profissional de psicologia deve atuar globalmente pensando a partir de um enfoque biopsicossocial. Seria como compreender os sentimentos, observar, atuar e influenciar positivamente em relação aos pacientes, familiares e os outros membros da equipe,para isso é necessário que haja troca de informações em uma linguagem clara, inclusive nos prontuários.

Diante dos momentos difíceis e dos impactos emocionais geralmente vividos nestes ambientes, gestores vêm repensando os espaços com o objetivo de transformá-los em ambientes mais aconchegantes e menos frio, visando um ambiente mais humano.

Um comentário:

  1. Oi Bea!!!!
    Como tais????? Fiquei feliz em saber que tbm tens um blog. Sempre que der vou dar uma passada por aqui.
    bom fim de semana.
    super beijo

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