terça-feira, 11 de agosto de 2009

Humanização



O ser humano possui particularidades e subjetividades. Um hospital constitui-se por um espaço coletivo com pessoas das mais variadas particularidades.

Falar em humanização é falar de um avanço onde a psicologia passa a atribuir um papel importante para um caminho, que faz com que o grito de dor de um paciente seja, se não compreendido, escutado.

Conhecer as limitações do ser humano e a sua finitude (...) possibilita recriar e transformar especialmente dois estigmas com os quais o psicólogo hospitalar convive: “o hospital é o lugar do médico” e “ o médico é o dono do doente” ( Leitão,1993)

No século XVIII, os que trabalhavam em hospitais não tinham como objetivo curar o doente, e sim salvar a alma do pobre doente.

A prática médica entre os séculos XVII e XVIII era individualista onde a experiência hospitalar era excluída da formação médica.

Ao longo dos anos, o hospital, além do seu objetivo de tratar as doenças, expande-se, passando a abranger outras atenções diferentes que então não fossem apenas físicas, mas também sociais, psicológicas entre outras.

Humanizar significa “elevar à altura do homem”. Entende-se essa razão da existência de um hospital, os cuidados da saúde perante uma comunidade, onde nem tudo pode ser respondido com técnicas objetivas, pois existem os aspectos subjetivos do cuidador e de quem é cuidado.

A intervenção em saúde está entre a dimensão humana e subjetiva, não importando se o paciente é uma criança, homem, mulher ou adulto. Assim funciona o hospital frente ao seu principal objetivo de trabalho: a vida, sofrimento e a dor do paciente fragilizado pela doença, da família pelo desgaste ou ainda, perda e luto, no qual a dimensão humana e subjetiva encontram-se baseados na totalidade na intervenção em saúde.

“Humanizar seria não resgatar a importância dos aspectos emocionais, indissociáveis dos aspectos físicos na intervenção em saúde. ( Ministério da saúde, 2001)

A definição de um trabalho sobre humanização é complexa, precisa-se fortalecer o comportamento ético. É agir baseado numa vontade de escolha, respeitando o outro.
Os significados simbólicos de ordem psíquica numa compreensão médica, manifestadas no corpo, permite a leitura de um sofrimento físico no paciente, esquecendo sentimentos como: desamparo, confusão, medo, entre outros, assim se o profissional médico não tiver sensibilidade e tempo para escutar essa leitura, o psicólogo tratará das representações que o individuo tem da sua doença através da escuta, criando possibilidades para o surgimento de um novo ser, onde essa escuta ao paciente é tão importante quanto à prescrição de um medicamento.

Humanização é um tema longo, cheio de desafios e mil coisas a serem escritas sobre o assunto. Acredita-se em pautar a prática do psicólogo o mais próximo possível da realidade e do sofrimento, da dor e do adoecer, evidenciando assim a importância da profissão do psicólogo para a promoção da saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário